quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Macau: técnicos destacam a participação popular e democrática na audiência pública que discutiu o cenário hídrico local

A disponibilidade dos órgãos responsáveis e competentes na gestão das águas e a participação da popular foram pontos positivos apontados pelas autoridades que participaram nesta terça-feira, 18, da audiência pública articulada pela Prefeitura de Macau e presidida pelo presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu, engenheiro agrônomo José Procópio de Lucena. O evento onde foi discutido o cenário hídrico atual foi prestigiado também pelo prefeito Kerginaldo Pinto.

O prefeito de Alto do Rodrigues, Abelardo Filho, vereadores de Macau, representantes dos municípios de Guamaré e Pendências, a imprensa local e da região e a sociedade civil organizada também participaram do debate democrático, onde todos os inscritos tiveram voz, sem intervenção alguma por parte da mesa que dirigia os trabalhos que começaram por volta das 11 horas e terminaram quando já passava das 15 horas, registrando ainda um bom público no auditório do Teatro Porto de Ama. 

O posicionamento do prefeito Kerginaldo Pinto ao final do evento foi considerado importante para o avanço do debate sobre a crise hídrica local, uma vez que o gestor se incluiu como parte interessada para buscar soluções para o problema de desabastecimento de água que atinge uma população superior a 60 mil habitantes em três municípios.

O engenheiro agrônomo José Procópio deixou claro que: “cabe ressaltar que as demandas de água para os diversos usos têm se aproximado ou mesmo superado os limites estabelecidos por critérios de outorga definidos por órgãos gestores”. Procópio explicou que “em alguns casos, esse desequilíbrio resulta em maior risco de desatendimento aos usos da água, com consequências negativas sobre sua sustentabilidade”.

Ainda segundo o engenheiro, o Grupo Técnico Operacional do Sistema Coremas-Açu-GTO, criado pelo Governo do Estado vai ser reunir para analisar todas as sugestões apresentadas e os principais pontos discutidos durante a audiência pública de Macau, para que possa em seguida apresentar novas regras do uso racional da água na região, respeitando as necessidades de consumo da população primeiramente, mas considerando também a importância da cadeia produtiva, se referindo aos carcinicultores e agricultores.
Diversos setores da sociedade tiveram voz na audiência pública que tratou da crise hídrica