O Pronto Socorro Municipal Alfredo Teixeira está sem médico em Macau. O fato não é inédito na cidade e já ocorreu em outras gestões, inclusive nos dois governos do médico José Antônio Menezes, fato que obrigou o gestor na época a deixar o conforto da cadeira de prefeito, para assumir o plantão médico. A unidade de saúde teve atendimento médico até a manhã deste sábado, 21, onde foram atendidos 192 pacientes nas últimas 24 horas.
Diretor clínico do hospital, o médico Webert Farias de Lima, responsável pelas escalas dos plantões pede desculpas ao prefeito Tulio Lemos “por não conseguir cumprir um requisito básico da sua função”, atribuindo o fato a dois motivos: “o primeiro e mais grave é o uso do hospital para fazer politicagem. Estão fazendo vídeos e relatos nas redes sociais denegrindo a imagem do médico, com versões mentirosas do seu trabalho”, denunciou.
O outro fato alegado pelo médico Webert Farias, que segundo ele tem dificultado o fechamento das escalas de plantões, diz respeito ao mau uso do Pronto Socorro pela população. “Usam a estrutura do hospital para os mais diversos fins, mas hospital é lugar de pessoas doentes, e principalmente, de pessoas em risco de morrer. Usam para tratar dor de dente, unha encravada, azia, falta de sono, falta de apetite. Estamos atendendo quase duzentos pacientes por dia”, reclamou.
O desabafo do médico que explica, mas não justifica o fato da cidade ficar sem um serviço essencial, termina em tom esperançoso: “Segunda-feira espero retornarmos o funcionamento normal das atividades. Com fé em Deus esse problema não se repetirá”, concluiu, admitindo que o Pronto Socorro poderá ficar sem atendimento médico pelas próximas 36 horas.
Diretora administrativa do Hospital Antônio Ferraz, onde funciona também o Pronto Socorro Municipal, Luciana Vidal admite que a situação é grave e diz que todos os esforços foram feitos para evitar o problema, lembrando que a cidade de Macau paga um dos melhores plantões do estado. “Os médicos plantonistas estão com pagamento rigorosamente em dia”, concluiu.
Médico Webert Farias aponta dificuldades para fechar escala
