terça-feira, 25 de setembro de 2018

Presidente do NatalPrev confirma débito da Prefeitura com o Instituto

O presidente do Instituto da Previdência dos Servidores do Município de Natal (NatalPrev), Thiago Costa Marreiros, atendeu à convocação dos vereadores e compareceu nesta manhã (25) à Câmara Municipal de Natal para esclarecer sobre denúncia de que a Prefeitura do Natal deixou de repassar cerca de R$ 32 milhões em contribuições  previdenciárias ao instituto. Na ocasião, o presidente confirmou que há o débito, mas que não estava de posse de dados que pudessem quantificar essa dívida.

Servidores também compareceram à Câmara para acompanhar e participar das discussões com os vereadores. A Coordenadora geral do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinsenat), Soraya Godeiro, ressaltou que os valores de contribuições previdenciárias foram descontados dos salários dos servidores, mas a Prefeitura teria deixado de repassá-los, além da contribuição patronal. "Nossa preocupação é que isso comprometa o pagamento das aposentadorias e dos pensionistas. Tínhamos a expectativa de que os extratos fossem trazidos para saber o valor exato que não foi repassado e também as propostas para quitar esse débito", declarou a líder sindical.

O presidente do instituto disse que o NatalPrev está sendo bem gerido e adotando todas as medidas e condutas que a legislação exige, mas que, encontrando-se em férias e sem um substituto, não teria como atender o pedido de detalhamento das informações de forma imediata. "Seria irresponsável da minha parte negar a existência de inadimplência. Existe uma ausência parcial de repasses, mas é preciso um trabalho complexo para quantificar e saber o que ocorreu, o que não se explica em impressão de extratos. A partir dessa constatação poderemos criar medidas para resolver essa possível inadimplência. Em outras situações, débitos foram pactuados e deixaram de existir", disse Marreiros.

Para o vereador Sandro Pimentel (PSOL), autor da convocação, a discussão foi parcialmente satisfatória porque faltou confirmar os valores para que se possa saber a dimensão do problema. "O presidente confirmou que existe um débito, mas não trouxe os dados. Nós apuramos que, de janeiro a julho, deixaram de repassar R$ 32 milhões. O presidente pediu para entregar os dados daqui a um mês, após as eleições, mas vamos avaliar se esperamos ou se buscamos outra alternativa, como convocar a secretária de administração, já que é a pasta responsável pelos pagamentos", sugeriu o vereador.