*Por: Dra. Andrezza Tavares e Esp. Maria Geovânia Marinho Miranda
O gosto pela brincadeira na escola pode chegar na criança, principalmente pela oralidade. Os professores em sala de aula devem criar um clima de comunidade brincante e criativa, sendo o professor o responsável pela orquestração dessa atmosfera.
Ao estimular oralmente, o professor fornece as crianças a possibilidade de ampliar a sua capacidade e esquemas de antecipação da realidade. O material didático inspirado em brincadeiras na sala de aula propõe que os professores tenham base conceitual, procedimental e atitudinal de caráter criativo.
A brincadeira na infância promove os seguintes benefícios à criança: 1) aprendizagem espontânea, sem pressão ou medo de errar, com prazer pela aquisição do conhecimento; 2) desenvolvimento da sociabilidade, fazendo amigos e aprendendo a conviver respeitando o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo; 3) participação das atividades, pelo prazer de brincar, sem visar recompensa ou temer castigo, mas adquirindo o hábito de estar ocupada, realizando atividades inteligentes e criativas; e a 4) descoberta de sua vocação e busca pelo sentido para sua vida.
O brinquedo destinado à infância deve propor desenvolvimentos sensoriais e imagéticos. A criança ao transformar as imagens em expressão pela linguagem oral, entra na composição do elemento lúdico. A compreensão do prazer proporcionado pelo brinquedo fortalece o desenvolvimento social, emocional e afetivo infantil.
Uma outra forma de permitir a brincadeira na sala de aula é estimular a poesia na educação infantil. A proposta da leitura poética na educação infantil com o seu caráter lúdico compreende uma experiência que antecipa o processo de observação e compreensão do mundo de forma disciplinada e subjetiva. Trabalhar com a subjetividade da criança é fundamental para o desenvolvimento diante dos diferentes desafios de estar no mundo.
O brinquedo, a brincadeira e a poesia na educação infantil devem estimular as crianças para o pensamento, a imaginação, a escuta, a escrita, a visão, inclusive, para o tatear do livro e de outros artefatos culturais fundamentais para o desenvolvimento. Por meio desses contatos a criança ampliará as possibilidades de sentir e de pensar sobre a sua condição, as suas emoções e seus afetos no mundo.
REFERÊNCIAS:
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