terça-feira, 25 de junho de 2019

Relação promíscua: Escritórios de advocacia a serviço da "legalização da corrupção"

Não é de hoje que escritórios de advocacias têm sido alvo de operações do Ministério Público Estadual e Federal. Geralmente, funcionando em luxuosas estruturas nas capitais e grandes cidades, os endereços têm dado guarita aos políticos que buscam “auxílio técnico” para legalizar atos sob suspeita de corrupção.

Os renomados escritórios também são vistos como a porta de entrada mais fácil para políticos e empresários que precisam encontrar facilidades no acesso ao Poder Judiciário. 

É um cafezinho e o conforto de uma sala de reuniões e gabinetes a disposição que pode sair caro.  

No caso da Dama de Espadas, veja:

O escritório R&R Advocacia é apontado pelo MPRN como quartel-general da organização criminosa denunciada pelo desvio de pelo menos R$ 2.440.335,47 em um esquema envolvendo servidores fantasmas na Assembleia Legislativa, investigado na operação Dama de Espadas.

Alvo dessa fase da investigação, Rodrigo Marinho, de acordo com o que foi apurado pelo MPRN, possuía um grupo de pessoas por ele arregimentadas para o esquema criminoso, inserido na folha de pagamento da Assembleia Legislativa. 

Além disso, Rodrigo Marinho Nogueira Fernandes também arrecadava do esquema criminoso operado pela ex-procuradora Geral da Assembleia, Rita das Mercês, de quem era sócio no escritório, denunciado pelo MPRN. 

No esquema de desvios, Rodrigo Marinho contou com o auxílio de Francisco Cardoso de Oliveira Neto, considerado o “braço direito” da organização criminosa.