quarta-feira, 3 de junho de 2020

SINSENAT considera “desonestas” as declarações de Álvaro Dias ao descarregar culpa da crise da saúde na Governadora

Inversão de papéis, omissão e um pouquinho de tudo isso e muito mais. 

Na crise que vive a saúde pública, é desculpa pra todo gosto, falta de articulação e união política e declarações infelizes que em nada ajudam a resolver o problema que vive o país, o estado e os municípios potiguares. 

O protagonista da vez é o prefeito de Natal, Álvaro Dias. 

Eleito vice-prefeito em 2016 na chapa de Carlos Eduardo Alves, Álvaro faz parte de um grupo político que comanda a prefeitura da capital desde 2012, e muito pouco tem a apresentar na prestação de contas ao cidadão, que bem antes da pandemia da Covid-19 já enfrentava as humilhações das filas para conseguir o direito a uma consulta, um exame ou até mesmo para extrair um dente. 

A resposta à altura veio do SINSENAT e com um detalhe: Álvaro Dias é médico e com isso, a medida usada para avaliar as suas decisões na saúde é bem diferente do que pode se usar para um leigo na área. 

Veja: 

NOTA DO SINSENAT SOBRE AS RECENTES DECLARAÇÕES DO PREFEITO ÁLVARO DIAS

Desde o início da pandemia, os dirigentes do SINSENAT vivem o cotidiano dramático dos profissionais de saúde, da assistência social, da fiscalização e da segurança pública devido a incompetência da gestão municipal em garantir as medidas mais básicas e urgentes para segurança dos trabalhadores e o bom funcionamento do serviço público.

No início de abril, tivemos que recorrer à mediação do Ministério Público do Trabalho para exigir da Prefeitura a garantia de equipamentos de proteção individual, o afastamento dos servidores acima de 60 anos e o cumprimento da determinação do pagamento de 40% da insalubridade para os servidores que trabalham nos serviços essenciais. Medidas que ainda não foram integralmente adotadas.

Não há um local no serviço público municipal, após 4 meses de pandemia, que tenha condições de funcionamento para o atendimento adequado da população. E mesmo assim, o Prefeito se recusa a efetivar a decisão do Conselho Municipal de Saúde de decretar o "lockdown" na capital potiguar - deliberada com base na aceleração dos casos da covid-19 e na situação insustentável das unidades de saúde em dar conta da crescente demanda.

Face a tudo isso, consideramos extremamente desonestas as afirmações do Prefeito Álvaro Dias, em entrevista na Tribuna do Norte nesta quarta (03), de que a responsabilidade da crise seja apenas do governo estadual, como se ele, Prefeito da capital potiguar, não tivesse qualquer responsabilidade ou dever com a situação atual.

Desde o início, o SINSENAT alertou inúmeras vezes, com base nas evidências científicas mais atuais, que era necessário e urgente fortalecer e preparar o serviço público municipal para os enormes desafios que teríamos pela frente. No entanto, além de não escutar os servidores e suas entidades representativas, o Prefeito insiste no funcionamento de atividades não essenciais da cidade, favorecendo aglomerações e contágios.

Assuma a responsabilidade que lhe cabe, Prefeito! Escute os profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia e tome as medidas necessárias para que a situação da população de Natal não piore ainda mais. 

SINSENAT - SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE NATAL