Segundo o Blog Transparência Macau, durante um encontro recente com o cardiologista Eduardo Lemos-PSB, o governador Robinson Faria teria externado o seu desejo de construir na cidade um palanque de oposição de consenso em 2016. Ao fazer planos tão otimistas, o governador talvez não saiba da discórdia, traição, do jogo de interesses pessoais e até da chantagem, entre outros subterfúgios, que rola nos bastidores da política oposicionista macauense.
Passada a eleição de 2014, quando Robinson perdeu no 1º e no 2º turno, mesmo com toda a oposição unida em Macau, o grupo que lhe deu uma expressiva votação, hoje está dividido em subgrupos e sequer consegue sentar para um bate papo informal, imagine construir uma base para se chegar a um consenso daqui há exato um ano, prazo final para as convenções e registro de candidaturas.
A opinião não é particularidade deste jornalista, mas de muitos que conhecem a história política da cidade e da maioria dos protagonistas da cena política que milita na oposição. Já tem até quem diga que Robinson pensando em 2018, deverá passar longe de Macau em 2016.
Em Macau, o grupo que ajudou o governador caminha para ter no mínimo três candidatos a prefeito, e assim sendo, a exemplo de muitos dos seus liderados em Macau, o governador deverá pensar primeiro nele, no seu projeto de reeleição, antes de dá qualquer passo infalso.
Pesa ainda na balança o fato da cidade de Macau, apesar do seu passado de vitoriosas lutas sindicais, ter perdido ao longo dos anos a sua expressão no cenário político estadual, servindo apenas de trincheira para candidatos forasteiros em épocas de campanha política. Hoje, a cidade não tem representação na Assembléia Legislativa, muito menos no 1º ou 2º escalão do governo estadual.
Para o governador Robinson Faria não será fácil repetir esta foto em 2016