O impasse e a insegurança jurídica que gira em torno das 200 famílias que ocupam as residências da Vila da Alcanorte em Macau pautou a agenda da governadora Fátima Bezerra nesta quarta-feira, 31, em Natal. Alguns moradores estão na vila há 30 anos e hoje há 39 ações de despejo.
A Prefeitura de Macau recebeu da MVB Administração Judicial, que gere a massa falida da Alcanorte por determinação da Justiça do Rio de Janeiro, a avaliação de que o terreno e os imóveis custariam R$ 6 milhões. “É uma dificuldade jurídica grande, mas pela primeira vez temos algo concreto para trabalhar”, completou o prefeito Túlio Lemos.
A governadora Fátima Bezerra determinou a formação de um grupo de trabalho para analisar a situação e trazer alternativas dentro de 60 dias. “Precisamos de um diagnóstico preciso, porque ninguém tem direito de brincar com a esperança da população que mora na Vila Industrial”, assegurou a chefe do Executivo.
Fátima Bezerra lembrou que participa dessa luta desde que era deputada estadual. “Tudo que estiver ao alcance do Governo será feito”, declarou. O grupo de trabalho será formado por representantes da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano (Cehab), Prefeitura e Câmara de Macau, Assembleia Legislativa, associação de moradores da Vila Industrial e Comissão de Justiça e Paz de Macau, ligada à Igreja Católica.
Governadora recebeu autoridades, representantes dos moradores e da igreja para discutir o assunto