Natural de Macau (RN), a repórter Mellyssa Almeida da Silva, conhecida como Mell, famosa por suas reportagens na TV Ponta Negra (SBT) e por ser reconhecida como a primeira repórter trans do Rio Grande do Norte, conquistou o 11º Prêmio de Jornalismo do Sistema FIERN na categoria Estudante. A cerimônia de premiação aconteceu na última terça-feira (5).
Mell está no 4º período de Jornalismo na Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. O projeto vencedor, fruto da parceria com Lincoln Medeiros, estudante de Jornalismo do 5º período, foi desenvolvido em formato de vídeo na Agência Escola UnP. O material abordou o tema "O papel do IEL na inserção de estudantes trans no mercado de trabalho".
A reportagem narra a trajetória de Laura Brito, estudante de Direito da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e a primeira aluna trans do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) a ingressar no mercado de trabalho. Atualmente, ela atua no Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte (TRT-RN).
“Nossa reportagem conta um pouco sobre essa visibilidade que o IEL proporciona aos estudantes que desejam entrar no mercado de trabalho, principalmente as pessoas trans que quebram as barreiras não só do preconceito, mas de toda uma luta por ter o seu espaço, respeito e dignidade no mercado“, conta Melyssa.
“É um momento de muita emoção, saber que só tínhamos um celular e um sonho e deu tudo certo. Esse prêmio representa tanta coisa, tantas histórias, tantas pessoas. É importante demais não só para mim, mas para tantos e tantas que são invisibilizados todos os dias. Esse é o meu segundo prêmio, e hoje vejo que posso sonhar em uma sociedade mais igualitária, pois sabemos o quão difícil é viver em meio ao preconceito. Prêmios como esses nos dão mais coragem para lutar por nosso espaço. Quero agradecer a todos que nos apoiaram e nos ajudaram nessa reportagem que contou histórias que inspiram”, comemora a repórter da TV Ponta Negra.
Para o coordenador de área, Eder Miranda, o reconhecimento é um reflexo não apenas do talento e dedicação dos estudantes, mas também do papel transformador que a educação tem na sociedade. “Esse tipo de conquista é fundamental para a UnP, pois demonstra que estamos formando profissionais críticos e engajados, prontos para contribuir com uma sociedade mais inclusiva e justa", frisa.